As raízes do estilo remontam de meados dos anos 80. A união entre o hip hop nova iorquino com elementos de grupos que se baseavam na experimentação eletrônica como o Kraftwerk, aliada ao pensamento de periferia de nova iorque concebem o embrião do gênero. Esta fusão é creditada a Afrikaa Bambataa e o Soul Sonic Force. Com a utilização do teclado Roland TR-808, um teclado criado em 1980 que se tornou popular em praticamente todos os estilos de música eletrônica por possuir timbres poderosos e crus, e com samples de funk e de faixas do grupo Kraftwerk (que na época haviam lançado o Trans Europe Express), aliados a vocais de rap fazem nascer as primeiras faixas englobadas sob o gênero Electro Funk (Electro seria um apelido carinhoso para Electro Funk). Uma faixa considerada chave do início do Electro é Planet Rock de Afrikaa Bambataa.

Inicialmente o estilo se espalha por Nova Iorque e Miami. Em Miami, os vocais e os ritmos são diferenciados em relação aos ritmos de Nova Iorque, um aumento no peso do baixo aliados a vocais de rap com letras mais ligadas a festas e ao sexo acabam por criar o Miami Bass (principal influência do nosso Funk Carioca).

Em 1983 surge o primeiro selo baseado em Electro Funk), a Cutting Records, ela é responsável pelo estouro do Electro com nomes em sua lapela como Afrikaa Bambataa, Mantronix, Newcleus e Cybotron.

O ritmo criado pelos artistas da periferia de nova iorque acaba se espalhando não só pelas duas costas dos Estado Unidos como também chega a Europa. Em Los Angeles surgem artistas como Egyptian Lover e o World Class Wreckin Cru (grupo este que contava com a participação do então jovem Dr. Dre). O estilo de Los Angeles é denominado Electro Hop um estilo menos funkeado e com graves mais pesados, mais próximo do rap.

Estes três sub-gêneros principais influenciam uma série de outros estilos de música que viriam a crescer futuramente. O Hip Hop, que já era nascido na época mas que foi intensamente influenciado, o techno de detroit, através da utilização dos timbres atonais (sem tom) dos sintetizadores (como os Phasers e Reverbs) e a bateria sequenciada com pratos no contra tempo, o ghetto-tech, estilo bem característico que alia o techno ao breakbeat em velocidades acima de 140 bpm (Dj Godfather é um exemplo do guetto tech), o breakbeat em geral, o drum and bass e o electroclash.

No fim dos 80 e começo dos 90 começam a surgir sub gêneros do electro. Dentre eles o Electro Industrial (artista característico do estilo que pode ser citado é Anthony Rother e a faixa Destroy Him My Robots e o AUX 88 e a faixa I Need to Freak). Posteriormente temos o nascimento do Electro Clash, uma fusão do antigo electro americano com o electro europeu (mais baseado no industrial) com uma pitada de punk. É neste momento que os fashionistas do electro entram em cena (mais ou menos a cerca do ano 2000). Podemos citar a faixa Emerge de Fischerspooner e Live on Mtv de Miss Kittin como exemplos deste momento.

Por último, vem a explosão do Electro House e do Electro Techno, que, atualmente adquiriram um espaço estrondoso não só no Brasil como em todo o mundo. Pensando na capital São Paulo por exemplo, é possível se encontrar pelo menos 10 noites diferentes em um sábado que se propõem a tocar electro house ou electro techno. O estilo tem novos adeptos a cada dia e novos artistas a cada mês surgindo com novas idéias. O electro sofre um novo boom nos dias atuais. Até mesmo neo raves de Psy Trance foram invadidas pelo estilo que está na mente e no corpo de muitos.

É nestes momentos de Boom que surgem novas idéias, podemos citar como exemplo o Electro-Step, um estilo de Drum n Bass que é totalmente influenciado pelo Electro pós 2000 e que pouco a pouco vem galgando espaço não somente na cena Drum and Bass mas também na cena Electro em geral. Veremos qual será o próximo passo do estilo.